COMO RETOMAR A CONEXÃO COM OS FILHOS

Num mundo onde a rotina familiar é dominada por tarefas, horários e distrações digitais, a conexão emocional tornou-se um desafio urgente e muitas vezes negligenciado.

A falta de conexão não é apenas uma questão de tempo, mas de qualidade de presença.

O psicólogo clínico Ross Greene lembra-nos que "as crianças fazem bem quando conseguem" — e muitas vezes, o comportamento desafiador é uma tentativa frustrada de chamar a nossa atenção ou expressar uma necessidade não atendida. Se queremos filhos cooperativos, precisamos antes de tudo de nos tornarmos adultos conectados.

A reconexão começa com pequenas ações conscientes: escutar de verdade, dedicar tempo exclusivo, evitar julgamentos automáticos. A psicóloga e autora Laura Markham, no seu livro "Peaceful Parent, Happy Kids", defende que "a conexão é o alicerce de toda disciplina eficaz". Sem ela, tudo se torna mais difícil: o diálogo, a cooperação, o respeito mútuo.

Além disso, é fundamental que os pais se perguntem: estou realmente disponível para o meu filho? Ou estou a viver no piloto automático? Criar momentos de presença plena, mesmo que curtos, pode transformar a relação.

A linguagem corporal, o olhar atento e o toque carinhoso dizem mais do que muitas palavras.

O coaching parental oferece ferramentas práticas para fortalecer essa ligação emocional. Trabalhamos a empatia, a comunicação eficaz e a escuta ativa. A conexão é a ponte que permite educar com limites e amor — e essa ponte começa a ser construída quando escolhes parar, olhar e escutar com o coração.

Referências:

•⁠ ⁠Greene, Ross W. "O Cérebro da Criança." Lua de Papel, 2014.

•⁠ ⁠Markham, Laura. "Peaceful Parent, Happy Kids: How to Stop Yelling and Start Connecting." TarcherPerigee, 2012. Também disponível em português como "Pais tranquilos, filhos felizes" (Nascente, 2017), uma leitura essencial para quem deseja educar com mais empatia e eficácia emocional.